“Quem é você?”, me perguntaram. Mas eu não
soube responder. Com essa pergunta surgiram outras: “Eu sou feliz?”, “Porque
não sou feliz?”. Afinal, o que é ser feliz?!
Somos ensinados que devemos ser fortes. Então,
o que sentimos não devem refletir na vida profissional. Os amigos ou familiares
não devem ouvir seus lamentos. Eles não precisam de uma preocupação a mais. Isso
é bobagem, porque somos fortes! Então jogue tudo pra debaixo do tapete.
O tempo foi passando. E não consegui mais.
Nada fazia sentido. O que antes me saciava, agora me causava asco. Fugi.
Encontrei refúgios, mas logo a imensidão da solidão me abraçava de novo.
Cheguei ao meu limite. Queria gritar,
pedir ajuda. Não sabia como. Sentia que o chão do poço tocava meus pés. Transbordei
em lágrimas e gritos. Aquela sensação estava maior que eu. A dor era fÃsica e
mental. Inexplicável.
Finalmente entendi que a única saÃda era
enfrentar o que estava em mim. Senti medo. Recuei várias vezes. Fugi. Mas encarei.
E aà me dei conta: Conhecer você mesmo,
essa era a resposta. Ouvir e entender quais são as suas vontades e discerni-las
das vontades alheias. O que você quer? O que te deixa feliz?
O processo do autoconhecimento não é fácil,
e muito menos rápido. É doloroso descontruir um muro que você ergueu ao longo
da sua vida, mas ao final, acredito que a recompensa seja a real felicidade.
Então vale à pena!
Se permita se conhecer, ouça o que seus
medos e anseios têm a dizer. E, por consequência, ame a pessoa que você é, com
seus defeitos e qualidades.
Estou tentando fazer isso. Ainda estou
engatinhando. Mas estou buscando a minha recompensa. Então te pergunto: Quem é
você?